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Significado de blackface

maquiagem teatral usada por não negros para imitar negros; prática considerada racista e ofensiva

Etimologia e História de blackface

blackface

também black-face, 1868 (a expressão em si parece não ter sido comum na impressão antes da década de 1880) em referência a um estilo de performance, originado nos Estados Unidos, onde (tipicamente) artistas não negros usavam cortiça queimada ou outra maquiagem teatral para escurecer seus rostos, de black (adj.) + face (n.). A prática em si é mais antiga, datando da década de 1830.

The old-time black face song-and-dance man has disappeared from the stage. At one time no minstrel or variety company was complete without a team of these stage favorites; and who can ever forget their reception at every performance? It made no difference whether they represented the genteel or the plantation negro, they were always welcome, and as a rule were the big feature of the bill. [William E. "Judge" Horton, "About Stage Folks," 1902]
O antigo cantor e dançarino de black face desapareceu dos palcos. Em um tempo, nenhuma companhia de menestréis ou de variedades estava completa sem uma equipe desses favoritos do palco; e quem pode esquecer a recepção que eles recebiam em cada apresentação? Não importava se representavam o negro gentil ou o do plantation, eles eram sempre bem-vindos e, como regra, eram a grande atração do espetáculo. [William E. "Judge" Horton, "About Stage Folks," 1902]

Entradas relacionadas

O inglês antigo blæc significava "absolutamente escuro, que absorve toda a luz, da cor de fuligem ou carvão." Acredita-se que venha do proto-germânico *blakaz, que significa "queimado" (também a origem do nórdico antigo blakkr "escuro," alto alemão antigo blah "preto," sueco bläck "tinta," holandês blaken "queimar"). Essa raiz remonta ao proto-indo-europeu *bhleg-, que significa "queimar, brilhar, reluzir, piscar" (também a fonte do grego phlegein "queimar, escaldar," latim flagrare "arder, brilhar, queimar"). Essa raiz é *bhel- (1), que significa "brilhar, reluzir, queimar." A palavra mais comum em inglês antigo para "preto" era sweart (veja swart).

Da mesma raiz surgiu o inglês médio blake, que significava "pálido," vindo do inglês antigo blac, que podia ser "brilhante, reluzente, cintilante, pálido." As ideias conectadas podem ser, talvez, "fogo" (brilhante) e "queimado" (escuro), ou talvez a "ausência de cor." Segundo o Dicionário Oxford de Inglês, no inglês médio muitas vezes era difícil saber se blac, blak, blake significava "preto, escuro" ou "pálido, sem cor, doente, lívido." Assim, o sobrenome Blake pode se referir tanto a "alguém de pele pálida" quanto a "alguém de pele escura." 

Black era usado para se referir a pessoas de pele escura no inglês antigo. Para café sem adição de nada, atestado desde 1796. O significado de "feroz, terrível, maligno" surgiu no final do século XIV. Os sentidos figurados muitas vezes vêm da ideia de "sem luz," seja moral ou espiritual. O latim niger tinha muitos dos mesmos sentidos figurados ("sombrio; azarado; mau, maligno, malicioso"). No entanto, o uso metafórico da palavra grega melas tendia a refletir a ideia de "envolto em escuridão, nublado." Em inglês, pelo menos desde cerca de 1300, tem sido a cor do pecado e da tristeza; a conotação de "com propósitos sombrios, malignos" surgiu na década de 1580 (como em black art "necromancia;" também presente em black magic). 

Black drop (1823) era uma preparação líquida de ópio, usada para fins medicinais. Black-fly (cerca de 1600) era o nome dado a vários insetos, especialmente uma praga incômoda das florestas do norte dos Estados Unidos. O Black Prince, como apelido do filho mais velho de Eduardo III, é atestado desde a década de 1560; o significado exato é incerto. A Black flag, hasteada (especialmente por piratas) como sinal de que não haveria misericórdia, data da década de 1590. O Black dog como sinônimo de "melancolia" é atestado desde 1826.

Black belt surgiu em 1870, referindo-se a uma região do sul dos Estados Unidos com a maior população afro-americana (também usado às vezes para descrever a fertilidade do solo); é atestado desde 1913 no contexto do judô, usado por quem alcançou um alto grau de proficiência. Black power é de 1966, associado a Stokely Carmichael. Black English, que se refere ao inglês falado por afro-americanos, é registrado em 1969. O movimento Black Panther (1965) surgiu como uma ramificação do Comitê Coordenador Estudantil Não Violento. O termo Black studies é atestado desde 1968.

Por volta de 1300, a palavra "face" passou a designar "o rosto humano, a aparência facial ou expressão; semelhança, imagem." Ela vem do francês antigo face, que também significa "rosto, feição, aparência" (século XII), e tem origem no latim vulgar *facia (que deu origem ao italiano faccia). Essa palavra deriva do latim facies, que significa "aparência, forma, figura," e, em um sentido secundário, "rosto, feição." A etimologia sugere que o termo poderia ser interpretado como "forma imposta sobre algo," relacionado ao verbo facere, que significa "fazer" (proveniente da raiz indo-europeia *dhe-, que significa "colocar, estabelecer").

A nova palavra substituiu as expressões em inglês antigo andwlita ("rosto, feição") — que se baseava na raiz de wlitan ("ver, olhar") — e ansyn ou ansien, que eram mais comuns (derivadas da raiz de seon, "ver"). Em muitas línguas indo-europeias, as palavras para "rosto" costumam se basear na ideia de "aparência, olhar," frequentemente derivadas de verbos que significam "ver" ou "olhar" (como as palavras em inglês antigo, o grego prosopon, que significa "olhar para frente," e o lituano veidas, da raiz *weid-, "ver," entre outras). No entanto, em alguns casos, como neste, a palavra para "rosto" pode também significar "forma, contorno." No francês, o uso de face para se referir à "parte frontal da cabeça" foi abandonado no século XVII, sendo substituído por visage (uma forma mais antiga era vis), que vem do latim visus, que significa "visão."

A partir do final do século XIV, a palavra começou a ser usada no sentido de "aparência externa" (em contraste com alguma outra realidade). Também nesse período, passou a designar a "parte frontal ou dianteira de qualquer objeto" e, mais tarde, "superfície (da terra ou do mar), extensão (de uma cidade)." O sentido tipográfico de "parte da letra que forma o caractere" surgiu na década de 1680.

Whan she cometh hoom, she raumpeth in my face And crieth 'false coward.' [Chaucer, "Monk's Tale"]
Quando ela volta para casa, ela aparece na minha frente e grita 'covarde falso.' [Chaucer, "Monk's Tale"]

A expressão Face to face é atestada desde meados do século XIV. Já Face time foi registrada a partir de 1990. A expressão lose face, que significa "perder prestígio" (1835), vem do chinês tu lien; daí surgiu também save face (1898; veja save). A expressão show (one's) face, que significa "aparecer ou dar as caras," é registrada desde meados do século XIV (shewen the face). Já make a face, que significa "mudar a expressão facial por desgosto, zombaria, etc.," surgiu na década de 1560. A expressão Two faces under one hood, usada para descrever a duplicidade, é atestada desde meados do século XV.

Two fases in a hode is neuer to tryst. ["Awake lordes," 1460]
Duas caras sob um capuz nunca se encontram. ["Awake lordes," 1460]

"maquiagem facial branca usada por um palhaço ou um ator negro," por 1895, de white (adj.) + face (n.), provavelmente baseado no mais antigo blackface.

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    Adaptado de books.google.com/ngrams/. N-gramas são provavelmente pouco confiáveis.

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    AI-gerado. Para o texto original, clique aqui: Etymology, origin and meaning of blackface

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