Na década de 1540, a palavra "máquina" passou a designar "estrutura de qualquer tipo." Ela vem do francês médio machine, que significa "dispositivo, engenho," e tem raízes no latim machina, que se refere a "máquina, motor, engenho militar; artifício, truque; instrumento." Essa mesma origem é compartilhada com o espanhol maquina e o italiano macchina. O termo latino deriva do grego makhana, uma variante dórica do ático mēkhanē, que também significa "dispositivo, ferramenta, máquina." Além disso, pode se referir a "artifício, astúcia." Tradicionalmente, segundo Watkins, essa palavra vem do proto-indo-europeu (PIE) *magh-ana-, que significa "aquilo que possibilita," derivada da raiz *magh-, que expressa a ideia de "poder, ser capaz." No entanto, Beekes, com base em argumentos formais, contesta essa ligação com palavras de origem germânica e eslava. Ele acredita que o termo grego é isolado e está convencido de que é pré-grego.
O significado moderno principal, que se refere a "dispositivo composto por partes móveis para aplicar força mecânica," surgiu na década de 1670. É provável que tenha evoluído a partir dos sentidos do século XVII que designavam "aparelho, utensílio" e "torre de cerco militar." Com o tempo, passou a ser usado para descrever um mecanismo que opera sem depender da força ou habilidade do trabalhador.
Entre os séculos XVII e XIX, a palavra também foi utilizada para se referir a "um veículo; uma carruagem de palco ou de correio; um navio." A partir de 1901, passou a designar "automóvel." No final do século XIX, em gíria, o termo foi empregado tanto para "pênis" quanto para "vagina," sendo uma das poucas palavras a receber essa dupla conotação.
No contexto político, "máquina" passou a significar "uma organização rigorosa dos membros ativos de um partido político, com o objetivo de garantir uma influência predominante para si e seus aliados." Esse uso é uma gíria americana, documentada desde 1876. O termo Machine age, que se refere a uma época marcada pelo uso extensivo de dispositivos mecânicos, foi atestado em 1882. Contudo, há também essa citação:
The idea of remodelling society at public meetings is one of the least reasonable which ever entered the mind of an agitator: and the notion that the relations of the sexes can be re-arranged and finally disposed of by preamble and resolution, is one of the latest, as it should have been the last, vagary of a machine age. ["The Literary World," Nov. 1, 1851]
A ideia de remodelar a sociedade em reuniões públicas é uma das menos razoáveis que já passou pela cabeça de um agitador: e a noção de que as relações entre os sexos podem ser rearranjadas e finalmente resolvidas por meio de preâmbulos e resoluções é uma das mais recentes, assim como deveria ter sido a última, extravagância de uma era mecanizada. ["The Literary World," 1 de novembro de 1851]
A expressão Machine for living (in) "casa" é uma tradução do machine à habiter de Le Corbusier, publicado em 1923.